Quando a vida seguiu em desordem
A tristeza pousou-me à face.
Dos cantos marejados jorraram lágrimas pretas
Calei-me prendendo as palavras entre os lábios
Afinal, os verbos da paixão são mudos
Confusos...
O corpo jogado entre a cama e o armário
denunciam a falta
Não ouço mais o meu instinto
Agora, tão fugaz
è tarde para deixar a contramão
de tudo que há em mim, do pouco que há em nós.
Alguém abriu a porta,
pura ilusão de movimento
Saudade é só lamento, que não desata mais
nunca mais...
Tentei traçar a direção de novos rumos
Tanto esforço em vão
o mesmo vão deixado pelo vazio da solidão
Dobrei os joelhos e franzi a testa
abram-se as cortinas do esquecimento
Lembrar é escolha
Por isso, nunca deixo pra depois
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