domingo, 24 de abril de 2016

Terreno Baldio


Pensar além...


 Naquele dia sobre o chão de terra caia uma chuva fina, que deveria ser suficiente para lavar a alma.  Entretanto não era. Fazia tempo que aquele terreno seco precisava ser regado, precisava ver algo brotar. Algo que lhe desse sustância abalasse as estruturas fazendo daquele solo infértil casa de beija-flor.O mundo sempre a rodar...e aquele ponto seco onde não nascia, nem crescia apenas doia...doia. Pensei em não pensar, em remover,  em garimpar, adubar,alto-suster...Nada acontecia naquele espaço vazio.Talvez se cavucarmos um pouco possamos encontrar água. Nada. Nem água, nem broto. Dizem que o nada é um outro nome para a espera. Só me pergunto que espera seria...um amor, pela vida, por justiça,por você... Nâo há espera, não há nada só um terreno baldio, onde os vadios depositam suas guimbas, seus cascos, seu lixo.Contente-se é o que temos por hora. Pelo amor... não há o que haver. Nem flores, nem passáros, nem sol...só essa chuva fina, que não serve para porra nenhuma a não ser me fazer esperar. Já não me arrisco, resisto. Não, nem consigo chorar.







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Breves linhas

“Seja você quem for, agora, segurando a minha mão, sem uma coisa há de ser tudo inútil_ é um leal aviso que lhe dou, antes que continue a me tentar_ não sou aquele que você imagina, mas muito diferente. “ ---Walt Whitman----