segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

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Eliza acordou aquela manhã com um grito entalado na garganta. Jurava ter esquecido... em frente ao espelho, marcado pelas gotículas de água, olhou bem fundo em seus olhos tentando encontrar a menina perdida. Sentia seu peito pulsar rapidamente e não entendia. Passou a manhã tentando colocar os pensamentos em ordem, achar onde havia errado, que passo naquele caminho a punha fora da estrada...não conseguiu. 
Vestiu seu short e suas sapatilhas, decidiu sair para rua. Sentia~se cansada da rotina de seus dias, das portas fechadas, dos amores desfeitos e de toda miséria sentimental vivida nos últimos dias. Sabia que nada mudaria o destino daquela relação fadada a ruptura.Tinha consciência que não dava para continuar distraíndo a solidão. Precisava dizer a verdade, tantas verdades...Sentou~se no banco da praça, cruzou as pernas enquanto enchia o peito de coragem...Fazia tempo que não desejava o mundo inteiro dentro de si, queria apenas sentir a completude de seu próprio ser, queria saber quem era de fato aquela outra que se apresentava todos os dias em frente ao espelho...

2 comentários:

  1. "Na verdade cotinuo sob a mesma condição: Distraindo a verdade e enganando o coração"
    ^^

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  2. Adorei o texto Nanda!

    Principalmente dessa parte: Precisava dizer a verdade, tantas verdades...

    "Acabei ficando sem nada dizer."

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“Seja você quem for, agora, segurando a minha mão, sem uma coisa há de ser tudo inútil_ é um leal aviso que lhe dou, antes que continue a me tentar_ não sou aquele que você imagina, mas muito diferente. “ ---Walt Whitman----