Atravessei a ponte que nos separa. No ínicio acreditei que talvez indo embora virias para me impedir. Agora que estou aqui seguindo passo ante passo vejo que ainda carrego comigo essa esperança cega. Sinto-me agustiar, o que me faz imediatamente ratear pensando se aquilo seria mesmo necessário. É tão confortável me manter sentada a sua frente. Falo dos meus casos, problemas, questões, filosofo enquanto você ri. A reciprocidade desse movimento é tão verdadeiro quanto as notas de Real.
Penso se quero apenas isso. Uma troca justa em busca de ajustes sociais. Estou indo agora para não ver uma outra chegar ocupando teus dias e noites. Não suportaria te ver fazendo promessas.Logo essas, que por tantos dias esperei escutar. Preciso mesmo ir...seguir. Redefinir!
Já estive aqui...em outro tempo com um outro tão parecido, mas tão diferente. E sabe foi tão bom quanto agora, só não bastava. Sempre prezei por liberdade. Porque no fundo sei o quanto ser livre define o meu devir. Então, chegar até aqui e sentir que é preciso ir não seria drama. È uma necessidade tamanha de não me acostumar com esse tiquinho que podes me dar. Levo comigo o beijo partido, onde só os meus lábios tocaram tua carne... sentindo.Não dá para ser só um quando tudo que queremos é sermos dois. È sermos mais...
As vezes é assim...Preciso ir.
"Minha boca encosta
Em tua boca que treme
Meus olhos eu fecho
Mas os teus estão abertos..."
(Nenhum de nós)
Nanda Acioly
Nenhum comentário:
Postar um comentário