Não venha me dizer que é tudo uma questão de sorte, karma ou dom supremo. Quando era menina acreditava que as plantas simplesmente nasciam, bastava ficar ali, olhando, velando por elas todos os dias. Daí, em um dia especialmente bom para as plantinhas davam o ar da graça, saiam fagueiras destribuindo cores e cheiros pelo mundo... Depois de catar vinte e sete pedras e colocá-las no bolso a vida ganha uma nova versão. Deixei os contos de fadas inanimados pelo caminho, resolvi escrever uma biografia. Criar meus próprios caminhos , pois, somente os meus pés atrelados ao restante do meu corpo são capazes de escrever algo tão complexo e prolixo como a minha história. Então, percebi que existe sim uma semelhança entre o modo como imaginava o nascer das plantinhas e o desenrolar da minha própria história. Simplesmente, desvendei o mistério dos dias especialmente bons... Ficou curioso, né? Dias assim, não dependem das forças ocultas do universo, tão pouco da conjuntura astrológica, nem de tempo bom com sol brilhando no estio. Afinal, todo dia nasce potencialmente bom para qualquer acontecimento e quem qualifica os meus dias são as marcas dos meus passos, nada mais. .A função de abrir as janelas e ver que a vida vai além do se vê não pertence a outrem. O direito aos dias especialmente bons e o dever de ter sempre à mão lápis e papel para novas histórias é meu, de mais ninguém.Por isso, não chore. Nâo fique triste. Escute aqui., não vou mentir..Os dias especialmente bons tb morrem ao final do dia, mas nascem outra vez. Milhões e milhares de vezes mais. Basta abrir a janela e ver.
Mas que belo dia, hein. É um belo texto. É uma bela lição.
ResponderExcluirUm ar de esperança.... Humm, o que é isso?? Um cheiro de terra...
Uma esperança de pés no chão.
^^
Isso é a vida, meu caro.
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