Comi. Comi minha carne viva como os canibais em seus ritos alimentícios. Descartei todas as feridas.Dei meu coração aos pobres famintos.Ah, meu querido, bem melhor que apodrecer no peito. Arranquei os olhos, costurei a boca...por isso, nenhum grito. Só o vício. As veias pulsando e o sangue jorrando. No ventre todo o pesar das horas, dos dias, das noites em que meus ouvidos lhe serviram para depositar suas mágoas. Daquelas horas não sentirei saudade. Sinto é vergonha de ter marcado a pele com o teu nome. Tê-lo feito dono de mim. Agora, minha lingua sente esse amargo devaneio. Enquanto misturo dentro da boca as migalhas que sobraram desse corpo. Daí-me água para dissolver as impurezas dessa alma vã. Basta, com isso.!! Hoje meu amor partiu, nada vai mudar isso...
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