Com o punhal entre os dedos abriu o peito sem muito esforço. Traçou minuciosamente onde cada sentimento deveria se encaixar, sabia que alguns precisariam de um espaço maior, outros nem tanto. Fragmentou cada espaço, compactou cada pulsar. Achava que assim seria mais cômodo levar aquela infima vida . Debruçou seu pensar sobre suas escolhas, imaginou que pudesse definir daquele momento em diante todo o restante. Enganou-se! Sentimentos crescem, multiplicam-se, reorganizam-se fazem do velho um novo tecido.... aqueles espaços não adiantavam de nada porque os compartimentoshaveriam de ser embaralhados e cada definição feito bula de remédio perderia seu sentido. Ainda assim, insistia em retalhar-se como se aquele esforço lhe valhesse de alguma proteção...
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