As vezes nos perdemos nas curvas do caminho e desesperadamente tentamos encontrar alguém que nos dê novo sentido, preencha os espaço vazios e crie novas oportunidade de sermos felizes. Depositamos as próprias responsabilidades em alguém que acredita saber tudo sobre nós, só porque nos olhou da cabeça aos pés algumas vezes e criou suas próprias definições sobre quem sou.

De algum tempo pra cá criei mentiras que me cairam como uma luva.Serviram muito bem ao próposito de esconder meus medos, minhas inseguranças. Entretanto, como toda mentira um dia vem a tona a verdade e nem sempre estamos preparados parta lidar com isso.Sim, morro de medo quando me olho no espelho e não me vejo.Fico insegura quando alguém me diz que tenho potencial de sbra e ao olhar para o lado estou só, desemprega e sem sonho algum que me sustente.

As minhas mentiras me tiraram a realidade; Sou apenas um  espectro virtual que vaga por entre o pulsar de uma linha telefônica. Dou o meu melhor, mas não pra mim. Faço pessoas sorrirem, seco lágrimas, construo pontes, mesmo assim, ainda sei pouquíssimo sobre mim, sobre o que me causa pavor ou sobre o que aquece minha alma em invernos polares.

Crio histórias para passar o tempo, invento frases poéticas para ninguém ver o que escondo sob o tapete persa que minha mãe conserva com tanto carinho.Ah, sou apenas um devaneio de uma mente louca e sedenta por verdades que iludam, mentiras que curem.

Creio que meu vício é ser assim: inconstante, incoerente, complexa, insegura, medrosa, pueril, sem graça, mal-humorada, intensa, irrelevante...Mas só por hoje me permito cultivar tristeza e solidão porque não preciso ficar alegre o tempo inteiro como os comercias de pasta de dente. Posso ser apenas o vento que só é perceptível ao toque ou uma lágrima brotando do nada.