Eu não sou da sua rua,
eu não sou o seu vizinho,
eu moro muito longe, sozinho.
estou aqui de passagem.
eu não sou o seu vizinho,
eu moro muito longe, sozinho.
estou aqui de passagem.
Sei nada é definitivo...nem a vida, nem a morte. A vida é passagem. Miragem. Repleta de devaneios afetivos e projeções futurísticas.Ela sabia disso, sabia que nada era certo e que todo amor nasce da guerra, da inquietude em ocupar o outro. Não tinha pressa em criar e desfazer laços, mas aprenderá a deixar-se ir sem amarras e prisões...havia aprendido sobre as voltas que a vida dá em torno de si...qualquer pesar era pesar. Olhou em direção a rua. Percebeu que em poucos dias seu coração em disparada voltaria a ocupa-la em busca do caos das palavras, da tomenta nas noites insones e do constante desespero em preencher seus vazios. Sentindo um gosto estranho na boca e uma pressão cada vez maior no estômago buscou no fundo do armário sua mochila...era assim,sentindo medo das incertezas do caminho que iniciava seu rito de passagem, sua despedida sem porquê nem para quê.Afinal, aquela sem dúvida alguma era a hora certa de ir.
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