segunda-feira, 30 de abril de 2012

Passagem

Eu não sou da sua rua,
eu não sou o seu vizinho,
eu moro muito longe, sozinho.

estou aqui de passagem.








Sei  nada é definitivo...nem a vida, nem a morte.  A vida é passagem. Miragem. Repleta de devaneios afetivos e projeções futurísticas.Ela sabia disso, sabia que  nada era certo e que todo amor nasce da guerra, da inquietude em ocupar o outro. Não tinha pressa em criar e desfazer laços, mas aprenderá a deixar-se ir sem amarras e prisões...havia aprendido sobre as voltas que a vida dá em torno de si...qualquer pesar era pesar. Olhou em direção a rua. Percebeu que em poucos dias seu coração em disparada voltaria a ocupa-la em busca do caos das palavras, da tomenta nas noites insones  e do constante  desespero em preencher seus vazios. Sentindo um gosto estranho na boca e uma pressão cada vez maior no estômago buscou no fundo do armário sua mochila...era assim,sentindo medo das incertezas do caminho que iniciava seu rito de passagem, sua  despedida sem porquê nem para quê.Afinal, aquela sem dúvida  alguma era a hora certa de ir.

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Breves linhas

“Seja você quem for, agora, segurando a minha mão, sem uma coisa há de ser tudo inútil_ é um leal aviso que lhe dou, antes que continue a me tentar_ não sou aquele que você imagina, mas muito diferente. “ ---Walt Whitman----