Eliza acordou aquela manhã com um grito entalado na garganta. Jurava ter esquecido... em frente ao espelho, marcado pelas gotículas de água, olhou bem fundo em seus olhos tentando encontrar a menina perdida. Sentia seu peito pulsar rapidamente e não entendia. Passou a manhã tentando colocar os pensamentos em ordem, achar onde havia errado, que passo naquele caminho a punha fora da estrada...não conseguiu.
Vestiu seu short e suas sapatilhas, decidiu sair para rua. Sentia~se cansada da rotina de seus dias, das portas fechadas, dos amores desfeitos e de toda miséria sentimental vivida nos últimos dias. Sabia que nada mudaria o destino daquela relação fadada a ruptura.Tinha consciência que não dava para continuar distraíndo a solidão. Precisava dizer a verdade, tantas verdades...Sentou~se no banco da praça, cruzou as pernas enquanto enchia o peito de coragem...Fazia tempo que não desejava o mundo inteiro dentro de si, queria apenas sentir a completude de seu próprio ser, queria saber quem era de fato aquela outra que se apresentava todos os dias em frente ao espelho...